O professor de economia da Universidade Estadual de Campinas Márcio Pochmann afirmou há pouco que a mudança na legislação trabalhista não resolverá o problema do emprego no Brasil.
“Em um momento de enorme restrição fiscal, o risco de uma legislação trabalhista reformulada é a redução da receita do governo, seja com queda do Imposto de Renda ou de contribuições previdenciárias”, disse Pochmann, que foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2007 a 2012.
Dados do Fórum Econômico Mundial de 2006 a 2015, citados por Pochmann, indicam que países com maior regulação trabalhista, como a Coreia do Sul, tiveram maior média salarial e menor desemprego, em relação a outros que flexibilizaram a legislação, como a Inglaterra.
Já o presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Sergio Paulo Gallindo, afirmou que a reforma trabalhista (PL 6787/16) e a lei da terceirização (13.429/17) são muito bem-vindas. “São dois instrumentos necessários para a modernização das relações de trabalhos e dos ambientes de negócios.”
Gallindo defendeu que a mudança da legislação pense o futuro do mundo do trabalho que, segundo ele, prevê maior autonomia, meritocracia, mobilidade e jornada flexível, como é a dinâmica dos profissionais de tecnologia de informação.
Eles participam, com outros convidados, de debate da Comissão Especial da Reforma Trabalhista.
A audiência continua no plenário 4.
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TEMPO REAL:
15:03 – Relatório da reforma trabalhista será apresentado até dia 12
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Rosalva Nunes
Câmara dos Deputados

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