Plano vai estabelecer as políticas públicas para o desenvolvimento do
mercado de IoT no Brasil. Com a iniciativa, país pode assumir importante papel na
geração de conhecimento e tecnologia e elevar a competitividade da economia.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) deve anunciar nos próximos dias os principais eixos do Plano Nacional de Internet das Coisas que vai nortear ações e políticas públicas até 2022. Em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o MCTIC solicitou um estudo para o diagnóstico do setor e a construção das políticas que deverão acelerar a implantação da Internet das Coisas (IoT) no país. Com o Plano de IoT, o Brasil tem a oportunidade de assumir um importante papel na geração de conhecimento e de tecnologia.
“O Plano Nacional de Internet das Coisas vai nos ajudar a ter avanços muito expressivos no aquecimento da economia e na geração de empregos. Uma série de coisas o Brasil já tem: pesquisa de ponta em tecnologia da informação, mão-de-obra qualificada e um mercado grande e forte. Esse documento vai estimular o desenvolvimento nacional”, ressaltou o ministro Gilberto Kassab.
Um consórcio formado pela consultoria McKinsey Global Institute, o escritório Pereira Neto Macedo Advogados e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) está trabalhando no estudo, que foi estruturado em três fases: levantamento do mercado de Internet das Coisas no mundo; definição dos setores prioritários da economia brasileira para receber os investimentos necessários para o desenvolvimento de IoT; e a formulação de ações voltadas para acelerar a implantação do mercado de IoT no país.
“A ideia é o país aproveitar essa oportunidade para melhorar os serviços públicos, a competividade da economia brasileira e a qualidade de vida das pessoas. Do crescimento de IoT vai surgir uma série de serviços e aplicações que são uma oportunidade de desenvolvimento sócio-econômico para o país. É essa oportunidade que estamos tentando capturar para as empresas, centros de pesquisa e INCTs [Institutos Nacional de Ciência e Tecnologia]”, afirmou o secretário de Política de Informática, Maximiliano Martinhão.
Uma das principais preocupações do MCTIC é garantir que as ações sejam implementadas. Para isso, parte dos R$ 17,4 milhões investidos no estudo, que estará pronto em setembro, será direcionada para tirar o plano do papel. “Não queremos que seja um estudo de prateleira. Uma parte do orçamento será usada para que o consórcio apoie a implementação das diretrizes”, disse o gerente das Indústrias de TIC do BNDES, Ricardo Rivera.
Participação social
A participação da sociedade é fundamental para a construção do Plano Nacional de Internet das Coisas, que recebeu 2.288 contribuições por meio de consulta pública aberta pelo MCTIC. Dessas, algumas foram encaminhadas pelo pesquisador Carlos Kamienski, professor da Universidade Federal do Grande ABC. “O Brasil dá um passo à frente ao formular um plano. Fiz algumas contribuições que espero que sejam absorvidas. É uma iniciativa interessante, que dá espaço para que as pessoas possam dar a sua opinião de como esse plano pode se estruturar.”
MCTIC

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