Por Daniel Praciano,

Em Fortaleza, no resto do Brasil e até no exterior há vagas disponíveis tanto para quem se formou recentemente ou para profissionais experientes. Aprender sobre novas linguagens e ter inglês avançado ajudam na candidatura

 

Há muitas vagas no setor de Tecnologia. E isso não é um fenômeno só do exterior, mas também aqui no Brasil. Segundo relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil forma 46 mil pessoas com perfil tecnológico por ano, mas seriam necessárias 70 mil para atingir a necessidade do mercado. Logo, há um déficit de 24 mil formandos na área de Tecnologia da Informação (TI). A escassez de mão de obra faz com que os profissionais disponíveis sejam disputados. “Em relação à formação de mão de obra, fica evidente o tamanho do desafio do Brasil para conseguir dobrar o setor de Software e Serviços”, diz o relatório.

 

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Conforme dados da Brasscom, a partir de um crescimento de 8% a 9% em 2019, que deve se acelerar nos próximos anos, estima-se que até 2024 a demanda por profissionais do setor cresça a 329 mil profissionais, mais outros 92 mil da TI In House, totalizando 421 mil. A demanda será de 25% em Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), 11% em segurança, 10% em Big Data, 6% em Nuvem e 2% em Inteligência Artificial (AI), além da demanda por profissionais administrativos (19%), de nível técnico (14%) e em outras tecnologias (13%).
Ana Claudia Plihal, diretora de soluções de talentos do LinkedIn para o Brasil, confirma a tendência apresentada no relatório: a área de Tecnologia da Informação é uma das que está com alta demanda no mercado de trabalho. Contudo, garante ela, por lidar justamente com tecnologias e ferramentas específicas, falta muitas vezes a mão de obra qualificada, isto é, um talento que domine habilidades técnicas únicas para a vaga. “A principal dica é não só acompanhar essas tendências, mas também entender quais competências são necessárias para atuar em uma profissão ou área de TI. Lançamos recentemente um estudo sobre as profissões emergentes para 2020 no Brasil que mapeou as 15 profissões em alta e as respectivas habilidades necessárias. Destas, 9 são do setor de Tecnologia da Informação”, disse.
Segundo Júlio Guido Militão, coordenador da divisão de Inovação da Universidade de Fortaleza, na área da Tecnologia da Informação há empregos para os profissionais com conhecimento atualizado, principalmente para desenvolvedores de sistemas, conhecedores de novas áreas como Ciência de Dados e Segurança. “Para profissionais atualizados e competentes não vejo nem aqui nem no Brasil falta de postos de trabalho. Há de se considerar que existem vagas abertas, mas não temos profissionais para preenchê-las, na maioria dos casos”.
Luís Eugênio Braga, diretor da Luz Inova Tecnologia, concorda que há uma fartura de empregos, mas afirma que nem todas as vagas são voltadas para iniciantes na profissão. “Infelizmente, alguns requerem profissionais mais seniores, com pouca curva de aprendizagem. Obviamente, em TI, que possui muitas ramificações, existem alguns setores que não têm mercado em todos os lugares (não há mais tantos profissionais de Cobol sendo solicitados)”, disse.
Conhecimento
Apesar de fartura de oportunidades de trabalho, é preciso conhecimento para ter vantagens na disputa por uma vaga. Braga afirma que conhecimento de frameworks de mercado, multidisciplinaridade do profissional e saber inglês são fundamentais para maior chance de empregabilidade. Já Plihall diz que é preciso estar atento também às linguagens de desenvolvimento que mais crescem e metodologias mais adotadas pelas empresas que ditam o mercado de TI.

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Exterior
Uma chance para trabalhar fora do País é algo muito buscado por diversos profissionais. Porém, pela escassez de mão de obra em TI ser um fato mundial, eles largam na frente também neste cenário. De acordo com o coordenador da Universidade de Fortaleza, para além do conhecimento na sua área, o profissional deve dominar o inglês. “Não é necessário somente estudar os padrões e tecnologias mais atuais do mercado. O inglês é essencial”, aponta Militão.
Área tem déficit anual de 24 mil profissionais na área de Tecnologia da Informação. Oportunidade de empregabilidade mais rápida, desde que o interessado busque algumas características importantes para o mercado.

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