Eles passaram ao status de figuras essenciais nas empresas, porém algumas expertises ainda são difíceis de encontrar. Em 2020, segundo o BNE, são 4.603 vagas disponíveis a mais do que em 2019
Faz alguns anos já que o setor de Tecnologia da Informação (TI) nas corporações vem ganhando importância e valorização. Mas a chegada inesperada da pandemia acelerou processos como nunca vimos na implementação de rotinas e possibilidades que são geridas pelos profissionais de tecnologia. Dessa forma, esta profissão é considerada a principal aliada na atuação de diversas empresas, sejam elas de tecnologia, ou não. No início de 2020 o LinkedIn divulgou o levantamento “Profissões Emergentes” e apontou que as profissões relacionadas aos setores de TI e internet predominam no mercado de trabalho. Em um ranking de 15 profissões emergentes no Brasil, 13 delas têm relação direta com TI ou internet.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), há 845 mil empregos no setor de Tecnologia da Informação no Brasil, e a demanda anual por novos talentos projetada até 2024 está em 70 mil profissionais. Já a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) revelou um crescimento de 6,7% no setor global de TI, sendo que no Brasil o segmento cresceu 9,8%. Ao todo, existem cerca de 19.372 mil empresas atuando no setor de Software e Serviços no Brasil, sendo 27,3% (5.294) delas voltadas ao desenvolvimento e produção de software.
Porém, apenas 46 mil pessoas se formam por ano no Ensino Superior com o perfil necessário para atender essas vagas. O estudo divulgado Brasscom ainda projeta que o mercado de TI pode apresentar um déficit de 290 mil profissionais em 2024. Será que os candidatos estão mesmo preparados para as demandas do mercado? Segundo Ricardo Zanlorenzi, CEO da Nexcore Tecnologia, sim e não. “O momento nunca foi tão propício para os profissionais da área, porque é um momento de aceleração para segmentos como TI e Telecom, e é também o momento da valorização da segurança de dados em praticamente todas as empresas. Temos processos seletivos constantes – inclusive estamos com um em vigência – e acompanhamos uma evolução no preparo dos candidatos, bem como a ampliação da presença de mulheres especializadas, mas ainda há escassez em algumas especialidades como desenvolvimento e infraestrutura”, conta o gestor da empresa que cria soluções de comunicação omnichannel para atendimento e atende clientes como iFood, Phillips Medical, BNE, RentCars, Banco Bari e Positron.
Vida real e home office
Segundo o Banco Nacional de Empregos (BNE), em levantamento de janeiro a setembro, o Brasil tem hoje 12.652 vagas em aberto para profissionais de TI em 26 estados. São 4.603 vagas a mais na comparação à oferta de 2019, um crescimento de 63%. Os destaques em 2020 são as regiões Sudeste e Sul, onde estão a maioria das vagas, nessa ordem: São Paulo (5.793 vagas), Santa Catarina (1.378), Paraná (1.105), Rio Grande do Sul (1.020), Rio de Janeiro (858) e Minas Gerais (669). Na comparação ao ano passado, o aumento das vagas de TI em São Paulo foi de 138%, e basicamente as ofertas eram nos mesmo estados, mas a ordem teve leve alteração: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Para Marcelo de Abreu, presidente do BNE, durante a pandemia muitos consumidores optaram por serviços delivery, internet e e-commerce, ou seja, áreas diretamente ligadas à tecnologia. “Ela tornou-se necessária dentro das empresas para que o atendimento continuasse acontecendo, o que consequentemente responde esse aumento de vagas nessa área. A tecnologia deixou de ser um diferencial e se tornou essencial, seu uso virou parte do negócio e as empresas estão buscando essa migração para os meios digitais. Os profissionais de TI e desenvolvedores possuem atualmente amplas oportunidades no mercado”, comenta.
Além desse cenário positivo para quem pensa em se especializar na área, há outro fator que favorece os profissionais de TI: o home office. E de duas maneiras. A primeira é sua abolição com o retorno para as sedes físicas, afinal há diversos fatores que tornam difícil o trabalho em casa. Há as companhias que estão, aos poucos, retomando suas atividades nos escritórios. Segundo uma pesquisa recente da consultoria KPMG com 1.124 executivos de todas as regiões brasileiras, 51% deles planejam chamar uma parte de seus funcionários de volta ao batente presencial até o fim do ano. Desse total, quase um terço vai fazer isso ainda em setembro.
E a outra maneira é justamente o contrário, a manutenção do trabalho remoto, pois obrigar os funcionários a retornar ao presencial pode comprometer ainda mais seu desempenho. E há companhias que já estão desenhando modelos híbridos de trabalho, ou que já anunciaram manter o home office após a pandemia, gigantes como Twitter e Nubank, por exemplo. Segundo pesquisa da FGV, o número de empresas que pretendem adotar ou manter o home office deve crescer em 30% após a pandemia. De acordo com a mesma pesquisa, 44% dos colaboradores aprovam o modelo, ainda que com “poréns”.
Seja qual for o cenário, “a Transformação Digital é uma realidade da qual as empresas aos poucos estão percebendo que precisam se adequar para manter a competitividade e elevar os resultados de negócios. Investir e apoiar o departamento de Tecnologia da Informação significa hoje trazer maior agilidade, escalabilidade e simplicidade no gerenciamento da empresa. Em um momento no qual os dados são cada vez mais importantes e valiosos, bem como sujeitos à diversas leis de conformidade, as companhias precisam investir em soluções que aumentem a resiliência da sua estrutura de TI”, afirma o CEO da Nexcore.
Atuação
Basicamente, três vertentes se destacam nas necessidades das empresas: conformidade com legislação (como a LGPD), proteção de dados (cibersegurança) e aceleração de processos / resultados (ganho de tempo com gerenciamento da infraestrutura, dinheiro, ou redução de custos). Um cenário ideal para os líderes de TI que desejam tornar a área mais estratégica e incentivar o investimento em mais tecnologias. Administradores, de modo geral, precisam que a TI atue de forma proativa a fim de identificar as tecnologias que mais se adequam e elaborar um plano de transição, buscando também preparar bases de combate a imprevistos que podem causar impactos negativos. O CEO da Nexcore afirma que, como revelado no levantamento do BNE, o setor está mesmo aquecido no Paraná.
“Mantemos contato com faculdades por meio de convênios de desconto para graduações e pós, e também para buscar talentos que atuem no setor de TI. A demanda está muito alta e no nosso caso de desenvolvimento de software e customização de serviços de comunicação, o que mais precisamos é de profissionais com conhecimento técnico das linguagens de programação e banco de dados, de sistemas operacionais como Linux e Windows, além de rede de computadores. Saber identificar tendências e manter-se atualizado também sempre são diferenciais. Com todas as possibilidades e avanços tecnológicos que temos à disposição atualmente, não podemos deixar escapar o profissional certo e nem errar pela falta de expertise”, finaliza.
Fundada em 2011, a Nexcore Tecnologia oferece soluções em atendimento e comunicação Omnichannel para empresas que precisam otimizar e personalizar o relacionamento com seus clientes, e unificar o histórico de comunicação. É referência nacional no segmento e tem sua matriz em Curitiba (PR). O software pode ser customizado de acordo com a necessidade de cada empresa e se adequa especialmente em empreendimentos de médio e grande porte.
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