Um dos temas mais prementes durante o seminário Brasscom sobre políticas públicas e negócios foi a legislação trabalhista e o impacto negativo das regras elaboradas para um perfil mais ligado à força de trabalho industrial do que para as novas atividades do conhecimento.
Segundo o presidente da ABES, Jorge Sukarie, há características do trabalho em tecnologia da informação que exigem um tratamento distinto, uma maneira diferenciada de tratar o setor, a exemplo do que acontece em diferentes países.
“O setor de TI, até pela horizontalidade, penetração na economia, importância na busca de eficiência, merece um olhar diferente. TI tem uma média salarial superior à média, com profissionais mais qualificados que requerem uma relação diferente na maneira de trabalhar do que o previsto na legislação trabalhista”, afirmou.
Ele lembrou que o momento do Brasil é desafiador e que o setor de TI não deve repetir o desempenho do ano passado, quando cresceu cerca de 10%. Mas vê oportunidades, inclusive junto ao setor público, que tem planos de ampliação da oferta de serviços eletrônicos.
“Nos últimos anos vimos uma expansão muito grande das soluções de mobilidade, o aumento brutal de vendas de tablets e smartphones. O que a gente espera do governo é uma oferta de soluções e de acesso a informação muito maior. Isso é uma tendência. A maneira como incentivar a iniciativa privada a participar, a indústria nacional de software, é o desafio para esses dois entes trabalharem juntos.” Assista a entrevista com o presidente da ABES.
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