Setores que mais empregam no Brasil publicam manifesto pela continuidade da desoneração da folha
Brasscom integra grupo formado por 17 setores que defendem manutenção da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta
Uma coalizão formada por entidades representativas dos 17 setores econômicos que mais empregam no Brasil publicou, na última sexta, 1º de outubro, um manifesto que expressa a preocupação com o possível fim da política de desoneração da folha. O documento é destinado aos parlamentares que integram a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, onde tramita o Projeto de Lei que trata da pauta.
Juntos, os setores atualmente contemplados pela desoneração geram mais de oito milhões de empregos diretos no Brasil. Segundo o grupo, ao menos um milhão desses postos de trabalho podem ser fechados caso a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), conhecida como “desoneração da folha de pagamento”, prevista para encerrar ao fim de 2021, não seja prorrogada.
No manifesto, as entidades setoriais destacam a importância da manutenção da política de desoneração para que esses empregos também sejam conservados. São, aponta o documento, “imprescindíveis oportunidades de inclusão e distribuição de renda para trabalhadores de diversos extratos socioeconômicos, especialmente daqueles em situação de maior vulnerabilidade”.
EFEITOS
Enquanto as empresas nesses 17 setores geraram 425 mil novos empregos de 2017 a junho de 2021, aquelas que estão nos 13 setores que foram reoneradas a partir de 2018 perderam 33 mil empregos no mesmo período. Para a Brasscom, esses números mostram o quanto a política é estruturante e, por isso, a associação, que representa as principais empresas de tecnologia no Brasil tem atuado intensamente para conscientização dos deputados federais quanto à importância da matéria.
“Falamos aqui de segmentos bastante intensivos em trabalho – logo, altamente geradores de empregos – e fortemente capilares, com atuação consolidada em regiões remotas e menos desenvolvidas do Brasil”, ressaltam os signatários do manifesto. “A extinção da CPRB resultará em efeitos perversos para a economia nacional”, acrescenta o grupo, que lista, por exemplo, “perdas de empregos formais e de competitividade para cadeias exportadoras, inflação sobre cestas de bens e serviços indispensáveis à população e revisão sobre decisão de investimentos”
Acesse aqui o manifesto na integra.
Sobre a Brasscom
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