A regulação do Brasil é de reação, define o secretário de fiscalização de governança de TI do Tribunal de Contas da União, Daniel Jezini Netto, ao participar do Seminário de Políticas Públicas & Negócios, realizado pela Brasscom, nos dias 30 e 31 de março, em Brasília. Segundo ele, falta confiança entre as partes, inclusive, no próprio sistema. “É preciso provar cada passo, senão o TCU pega você”, brinca o especialista.
Jezini Netto reclama do fato de uma contratação de compra governamental – numa TI Simples – levar de seis a oito meses para ser concretizada. “As direcionadas para nuvem ou análise de dados podem levar até dois anos. Isso não pode acontecer”, destacou.
Ainda assim, mesmo com as regras atuais há espaço para um desempenho mais ágil dos gestores. “O processo de compras brasileiro vem de um contexto baseado na desconfiança, de um certo trauma. Nosso processo é um tanto amarrado e é uma experiência de compras que não tem paralelo nos países desenvolvidos, onde há mais liberdade. Essas amarrações causa nos gestores uma percepção de risco elevado, eles têm medo de fazer contratações”, define. Assistam a participação de Daniel Jezini Netto, do TCU.
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