Os mercados de Tecnologia da Informação (TI) e telecom vão continuar crescendo em 2015, puxados pela demanda aquecida de computação virtual e serviços de telefonia móvel. Essa foi, de modo geral, a visão que as consultorias IDC Brasil e Teleco, além da Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), apresentaram aos participantes do comitê de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Amcham – São Paulo, na quarta-feira (28/1).
A IDC Brasil estima que o mercado brasileiro de TI e telecom deverá crescer 5% este ano, um ritmo considerado “moderado”. “É uma desaceleração em relação aos últimos anos, quando os dois mercados cresciam, juntos, a um ritmo de dois dígitos”, explica Pietro Delai, gerente de consultoria e pesquisa do IDC Brasil.
Para Sérgio Paulo Gallindo, presidente da Brasscom, a oferta de serviços virtuais de TI inclui desde novidades, como a internet das coisas (comunicação inteligente entre dispositivos), até a massificação de ferramentas já existentes.
Entre eles, estão a computação em nuvem (cloud), big data (inteligência analítica), e redes sociais. Outra tendência citada por Gallindo é segurança digital, em função da necessidade de proteger os dados corporativos que serão cada vez mais acessados por dispositivos móveis, e de lugares remotos.
Apesar da perspectiva de baixo crescimento econômico, o dirigente afirma que o setor de TI tende a continuar investindo. Novas ferramentas tecnológicas ajudam a aumentar a produtividade, argumenta Gallindo. “Há necessidade das empresas de manter projetos de modernização de estratégias digitais, pois atendem frontalmente ao desejo dos clientes de reduzir custos.”
Mercado de telecom
De acordo com Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, a atualização tecnológica também será intensa no mercado de telecom. No setor, Tude estima que a procura por serviços de dados vai crescer mais do que a de serviços de voz.
Isso provocará mudanças no perfil de clientes. “Os pacotes de dados oferecidos pelas operadoras deve estimular a migração dos celulares pré-pagos para os pós-pagos (de maior valor agregado)”, opina. Para sustentar sua visão, Tude cita os dados dos últimos dois anos, quando as adições líquidas de celulares pós-pagos superou a de pré-pagos.
Em 2012, as adições de pré-pagos atingiu 12,7 milhões, ante 6,9 milhões de pós-pagos. A situação se inverteu no final de 2014, quando a venda de pós-pagos somou 8,4 milhões de linhas e a de pré-pagos ficou em 1,3 milhão.
As coisas só devem melhorar em 2016, segundo Delai. Assim como a economia em geral, o setor de TI também sofrerá com a expectativa de baixo crescimento econômico deste ano. “As empresas estão segurando novos investimentos, mas o crescimento será maior a partir de 2016.”
Fonte: http://www.amcham.com.br/gestao-empresarial/noticias/servicos-de-computacao-virtual-e-de-dados-aquecem-demanda-de-ti-e-telecom-em-2015-7473.html
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