O setor de TIC quer ampliar o canal de diálogo com o governo e articular políticas públicas que permitam o avanço da tecnologia no dia a dia do cidadão, explica o presidente da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo. Segundo ele, o Brasil precisa definir qual papel quer ter nessa migração para a transformação digital.
“Há hoje uma migração para o digital e não há governo que possa ficar fora dessa discussão. Há temas muito relevantes acontecendo como a educação digital, a Internet das Coisas e o próprio Governo Digital. A iniciativa privada tem condições de ajudar ao Estado a formular políticas eficientes que ampliem o uso da Inovação e permita maior competitividade”, destaca o executivo.
Nos dias 30 e 31 de março, a Brasscom realiza, em Brasília, o Seminário de Políticas Públicas & Negócios, e como o Estado é um dos principais compradores de Tecnologia no Brasil, um dos temas à mesa é, exatamente, as compras públicas. Gallindo salienta que a discussão não pode ficar apenas em criar um modelo que favoreça os preços mais baixos, mas reconhecer que a agregação de valor à Tecnologia pode ser um requisito essencial para se construir um serviço para o cidadão.
O presidente da Brasscom afirma que o governo está avançando no uso de TIC, mas como não há uma estratégia única, a fragmentação impede que os resultados aconteçam de forma mais eficiente. “Há silos no uso da TI. Há áreas mais avançadas e áreas mais atrasadas”, diz Gallindo.
Indagado se o governo deveria ter um CIO, como acontece nos Estados Unidos, por exemplo, o executivo diz que o cargo é de valor menor. O mais importante, sustentou, é ter uma visão abrangente e estratégica. “TIC precisa ser pilar, de fato, para a transformação do país”, completa. Para participar do Seminário de Políticas Públicas & Negócios, clique aqui.
Convergência Digital – 10/03/2016