As empresas de TICs associadas à Brasscom divulgaram um documento com propostas de governo que, entendem, devem ser consideradas pelos candidatos às eleições deste ano na elaboração de seus planos estratégicos. Chamado de ‘Propostas de Plano de Governo para a Aceleração da Era Digital’, o documento alinha políticas, ações e recursos em prol da transformação digital no governo, na economia e na sociedade em geral.
“Como estamos em um ano eleitoral, é muito importante para o debate do país e para as políticas que serão adotadas no novo ciclo, a Brasscom trouxe um documento chamado de ‘Plano de Governo’, no sentido de trazer sugestões e recomendações. O documento está disponível no site da Brasscom para fomentar ainda mais essa discussão e um documento que com certeza vai ser atualizado com debates”, resumiu o diretor de políticas públicas da Microsoft, Elias Abdala Neto, durante o Brasscom TecFórum.
“Este é o momento em que a tecnologia digital ganhou ainda mais importância para a discussão de políticas que o país deve adotar, como endereçar desafios que a transformação digital traz. São várias áreas de oportunidade e vários desafios, na saúde, no agronegócio, na indústria, inclusive na capacitação e formação de talentos, e mesmo para exercício da cidadania no digital”, completou.
Nas propostas relacionadas ao governo digital, o documento defende a continuidade da digitalização dos serviços públicos, uso de Big Data e inteligência artificial, o desenvolvimento de certificados digitais seguros e acessíveis, além de permissão legal para uso de dados abertos pelas empresas privadas.
Ainda em governo digital, as TICs defendem prioridade para soluções móveis e em nuvem nas compras públicas, contratações por nível de serviço e consumo, com fomento a produção nacional de bens e serviços, o desenvolvimento de inteligência artificial, IoT, blockchain, realidade virtual e computação quântica, bem como tecnologias de encriptação e segurança.
No campo da economia, o setor defende a reforma tributária, com desoneração da folha para todos os setores econômicos, extinção das CIDEs, reforma administrativa para redução de custos, e mecanismos para competitividade do emprego formal. Também políticas em prol de criptoativos, da infraestrutura de conectividade e datacenters, usar recursos do FUST e FNDCT para o desenvolvimento de novas tecnologias digitais.
Em cidadania, o setor de TICs defende a incorporação de proteção de dados, fortalecimento da ANPD, letramento digital desde o ensino fundamental, formação técnica e profissional em computação, a oferta de disciplinas eletivas de tecnologia na formação em tecnologia, ciências, engenharia e matemática. E, ainda, políticas de saúde digital, emprego de tecnologia em segurança pública e o fomento a cidades inteligentes.
Fonte: Convergência Digital
https://www.convergenciadigital.com.br/Governo/Eleicoes-2022%3A-Empresas-de-TICs-cobram-prioridade-a-transformacao-digital-59803.html