Por: Maurício RennerEditor at Baguete Diário

Entidades do segmento entraram em um comitê do Ministério de Ciência e Tecnologia.

As empresas de tecnologia ampliaram sua influência em Brasília, passando a ocupar um espaço dentro do Comitê da Área de Tecnologia da Informação (Cati), um órgão consultivo do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico, Nacional e Inovação – P&D Brasil, Brasscom, Assespro e Abinee agora são os integrantes da parte do comitê destinada aos empresários.

As entidades substituíram os dois representantes cada um antes indicados pela Softex, associação ligada ao governo para promoção do setor de software, e a Confederação Nacional da Indústria – CNI.

O Cati foi criado em 2001 e a nomeação dos integrantes  é prerrogativa do ministro.

O órgão não tem duração definida e a sua atribuição é gerir os  recursos destinados a atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação oriundos das contrapartidas aos benefícios fiscais previstos na Lei de Informática de 1991.

“O Cati é estratégico para o setor de TI. Ele valida as políticas de inovação do país. Para nós, da Assespro, é de extrema importância estarmos participando desse colegiado”, explica Ítalo Nogueira, presidente da Federação Assepro.

Como costuma acontecer nesse tipo de conselho, a grande maioria dos integrantes é oriundo de outras partes do governo, incluindo dois representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, dois do Ministério da Economia, dois do Ministério das Comunicações, dois do CNPq, dois do Finep e dois do BNDES.

Também há representantes da chamada comunidade científica, incluindo a Sociedade Brasileira de Computação e a Sociedade Brasileira de Microeletrônica.

Além do empresariado, o conselho é formado por representantes do Ministério da Economia (ME), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da comunidade científica.

A influência dos representantes do empresariado, por tanto, é limitada. Mas a nova composição não deixa de ser uma vitória para o setor de software, uma vez que a representação anterior era composta por delegados da CNI, uma entidade que tem em mente os interesses da indústria, e da Softex, que não é controlada por empresas.

Para a Assespro, em particular, a nomeação é uma vitória adicional, visto que o conselho também tem a participação da Brasscom, uma entidade que representa as grandes empresas de TI brasileiras e multinacionais, com muito mais capital do que a Assespro, cujo foco são empresas brasileiras pequenas e médias.

 
Fonte: Baguete
https://www.baguete.com.br/noticias/28/01/2021/tecnologia-ganha-mais-voz-em-brasilia

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