Publicação explica benefícios, legislação e diretrizes para sítios mais acessíveis
O escritório brasileiro do World Wide Web Consortium (W3C Brasil), iniciativa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), lança nova publicação, voltada aos benefícios, legislação e diretrizes de Acessibilidade na Web, em parceria com Ministério Público do Estado de São Paulo.
Divulgado durante o CONIP – Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública, em São Paulo, o segundo fascículo da Cartilha de Acessibilidade na Web foi desenvolvido com o apoio do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) do NIC.br e detalha como as empresas se beneficiam ao eliminar as barreiras de acesso aos sítios Web e o impacto direto para a inclusão, igualdade e autonomia de todos os cidadãos. A publicação está disponível para download em: http://www.w3c.br/Materiais/PublicacoesW3C.
“Ao investir em sítios acessíveis, as empresas não só melhoram a imagem perante o público, mas alcançam efeitos práticos como o crescimento do número de visitantes do sítio, maior facilidade de manutenção das páginas Web, entre outras vantagens que são listadas no fascículo. A publicação também reforça que o acesso à informação e à comunicação é um direito protegido por lei. Daí a importância de discutir o tema, conscientizar e fornecer instrumentos informativos como a Cartilha que também aponta para documentos técnicos para tornar o sítio acessível”, destaca Reinaldo Ferraz, especialista em desenvolvimento Web do W3C Brasil, que apresentou, em palestra no CONIP, o conteúdo do novo fascículo.
Benefícios
A Cartilha destaca principalmente os benefícios de um sítio Web acessível para empresas e pessoas. A fidelização de usuários e clientes é outro aspecto que deve ser considerado pelas empresas, uma vez que pessoas com deficiência tendem a se tornar clientes fiéis e visitantes assíduos dos sítios que oferecem facilidade de acesso. Segundo dados do IBGE, 23,9% da população brasileira (mais de 45 milhões) declaram ter alguma deficiência, 11% (cerca de 20 milhões) são idosos, e os analfabetos funcionais totalizam 20,4% da população acima de 15 anos. O aumento da interoperabilidade e da visibilidade do sítio pelos sistemas de busca e as vantagens competitivas são outras questões detalhadas no fascículo.
Legislação e Diretrizes
Para garantir que todos os cidadãos tenham acesso às informações, os sítios Web devem implementar melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente, como prevê a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, uma das legislações que promovem a acessibilidade na Web. Cada uma das diretrizes técnicas destinadas aos programadores, designers, webwriters, entre outros profissionais envolvidos na concepção, arquitetura, design, desenvolvimento e testes de sítios Web é apresentada no fascículo do W3C Brasil, que também orienta sobre o que fazer quando usuários encontram barreiras de acesso nos sítios Web.
Próximos fascículos
O tema da acessibilidade na Web e as principais barreiras encontradas foram tratados no primeiro fascículo da Cartilha. Os próximos fascículos vão abordar assuntos que incluem o público alvo desse tipo de iniciativa, recomendações de como tornar o conteúdo Web acessível, como mensurar a acessibilidade, resultados e referências. Todo conteúdo publicado é debatido e validado pelo Grupo de Trabalho de Acessibilidade na Web (GT Acessibilidade na Web) do W3C Brasil, formado por 120 participantes, entre especialistas em acessibilidade e pessoas com deficiências.
Sobre o escritório brasileiro do W3C
Por deliberação do CGI.br, o NIC.br agrega as atividades do escritório do W3C no Brasil – o primeiro na América do Sul. O W3C é um consórcio internacional que tem como missão conduzir a Web ao seu potencial máximo, criando padrões e diretrizes que garantam sua evolução permanente. Mais de 80 padrões foram já publicados, entre eles HTML, XML, XHTML e CSS. O W3C no Brasil reforça os objetivos globais de uma Web para todos, em qualquer dispositivo, baseada no conhecimento, com segurança e responsabilidade. Mais informações em: http://www.w3c.br/.
Sobre o Ceweb.br
O Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do NIC.br, tem como missão disseminar e promover o uso de tecnologias abertas na Web, fomentar e impulsionar a sua evolução no Brasil por meio de estudos, pesquisas e experimentações de novas tecnologias. No escopo de atividades desenvolvidas pelo Centro, destacam-se o estímulo às discussões sobre o ecossistema da Web e a preparação de subsídios técnicos à elaboração de políticas públicas que fomentem esse ecossistema como meio de inovação social e prestação de serviços. Mais informações em http://www.ceweb.br/.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (http://www.nic.br/) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/), estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil – CERT.br (http://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (http://www.ceptro.br/), produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br (http://www.cetic.br/), implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (http://ix.br/), viabilizar a participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br (http://www.ceweb.br), e abrigar o escritório do W3C no Brasil (http://www.w3c.br/).
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (http://www.cgi.br/principios). Mais informações em http://www.cgi.br/.
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