Na avaliação do diretor de Inclusão Digital da Secretaria de Telecomunicações, Américo Bernardes, pasta deve integrar ações do governo, da iniciativa privada, do Legislativo e da sociedade civil para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que beneficiem a população. Ele participou de painel na Campus Party Brasília.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) deve atuar como coordenador para fomentar o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e humanas, segundo o diretor do Departamento de Inclusão Digital da Secretaria de Telecomunicações (Setel), Américo Bernades. Em debate na Campus Party Brasília, ele defendeu que a pasta organize iniciativas do Executivo, do Legislativo, da iniciativa privada e das organizações da sociedade civil para prover soluções tecnológicas que melhorem a qualidade de vida nos espaços urbanos.
“Cada um desses atores pode abordar uma solução para um problema de forma diferente. Por isso, é importante que o MCTIC assuma esse papel de protagonismo. Mais que um ministério, o MCTIC é um coordenador e gerenciador desses vários esforços”, afirmou Bernardes.
Outra questão exposta é a importância da integração das universidades para prover soluções inteligentes para as cidades. Para o vice-presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, Claudio Nascimento, as instituições de nível superior podem ser um ator importante no desenvolvimento de produtos e serviços para o municípios.
“Em Natal [RN], são os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte [UFRN] quem provêm as soluções para os problemas da cidade. É uma interação muito interessante. Os jovens conhecem o que a cidade precisa e ajudam a sanar essas dificuldades, porque vivem essa realidade”, exemplificou.
O deputado federal Vitor Lippi, representante da Frente Parlamentar Mista em Apoio às Cidades Inteligentes e Humanas, anunciou que o grupo trabalha na elaboração de regulamentações que fomentem a participação das instituições de nível superior no desenvolvimento de soluções tecnológicas para as cidades. “São mais de 1.500 campi de instituições públicas de ensino superior distribuídos pelo país. Os estudantes podem ajudar a melhorar a qualidade de vida da população das regiões em que vivem”, disse.
Também participaram do painel o secretário de Turismo, Desenvolvimento Econômico e Tecnologia de Olinda (PE), João Luiz da Silva Júnior; e o líder de projetos em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Carlos Frees.
Campus Party
A primeira edição da Campus Party Brasília, considerada a maior experiência tecnológica do mundo, acontece até domingo (18), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Nos cinco dias do evento, a expectativa é receber 40 mil visitantes, que terão acesso a uma maratona de mais de 250 horas de conteúdo. Em cinco palcos, especialistas nacionais e internacionais farão palestras e workshops sobre temas como ciência, tecnologia e empreendedorismo. As atrações incluem simuladores, shows de drones e partidas de hóquei entre robôs.
A Campus Party foi realizada pela primeira vez em 1997, na Espanha. Atualmente, conta com quase 500 mil campuseiros cadastrados em todo o mundo e já foi produzida em diversos países. No Brasil, o evento está presente há dez anos e, pela primeira vez, é realizado em Brasília.
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