Internet das Coisas (IoT) é considerada uma área estratégica para Cisco, que tem uma proposta mais ampliada para Internet de Todas as Coisas, motivo pelo qual acompanha de perto o plano que o governo brasileiro está elaborando para criar uma política para o setor.
Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da Cisco do Brasil, diz que sua expectativa é que o plano crie as diretrizes para que o mercado possa investir. O plano nacional de IoT está em elaboração pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que prorrogou o prazo da consulta pública para recebimento e sugestões das entidades e da sociedade até dia 6 de fevereiro.
“Não tenho expectativa que ele traga recursos financeiros do governo para o setor, mas que crie condições competitivas, com contornos fiscais definidos, tributos diferenciado, linhas de crédito do BNDES, incentivos para educação e pesquisas, remova entraves jurídicos, ou seja, ferramentas para que a empresa privada desenvolva iniciativas para o desenvolvimento dessa tecnologia relevante para o pais”.
“Mais importante que automatizar e coletar, analisar as informações com uso de big data e analytics, o verdadeiro valor do IoT é possibilitar extrair conhecimento, antever padrões, conseguir vantagens competitivas, diminuir custos e dar melhor resposta às necessidades do cidadão”, enfatiza o executivo.
Para ele, o plano deve definir vocação do pais. “A Alemanha definiu que quer ser a líder da manufatura 4.0 e tem linhas de financiamentos voltadas para esse objetivo; a Inglaterra pretende transformar-se no centro financeiro mundial, um polo de atração aplicações de IoT e segurança cibernética”, exemplifica.
A Cisco Brasil já investe em IoT há 4 anos, inclusive com projetos e parcerias no Brasil, como os realizados recentemente nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, onde projetos pilotos foram desenvolvidos, como bueiro inteligente, smart parking e detecção de ruídos na cidade, que continuam em funcionamento como legado para a cidade.
O Rio de Janeiro também abriga um centro mundial de desenvolvimento de IoT da Cisco, onde todos os parceiros podem testar aplicações, performance, etc, onde, por exemplo, a latência da aplicação pode se testada até o ponto máximo de ruptura e com milhões de usuários usando o data center da empresa.
Como prioridade a Cisco considera todas as áreas de negócios relevantes, mas tem um foco especial nos segmentos de educação, saúde, oil e gás, energia, grandes eventos e segurança pública, logística e smart cities.
Claudiney Santos, Covergecom – Teletime