A sequência de medidas ruins tem um poder de desorganização imenso nas empresas de TICs, lamenta o presidente da Brasscom, Sergio Paulo Galindo. Segundo ele, as últimas ações do governo – como a edição da MP 690, que retirou os benefícios dos bens de inclusão digital (tablets, PCs e smartphones), a MP 694, que encerrou os benefícios da Lei do Bem, a reoneração previdenciária do setor e a provável mudança no modelo de cobrança do PIS/COFINS, ainda a ser anunciada – colocam o setor num ‘filme de horror’.
“A desorganização do setor nos preocupa muito. A reoneração previdenciária desorganizava o setor de serviços de TICs, mas todas as demais que vieram, provocam uma desorganização no modelo do Brasil fazer a sua transformação digital”, lamentou Galindo, em entrevista ao portal Convergência Digital.
O corte de 20% no custeio do governo – e que atingem os contratos de TICs existentes, ‘dói no bolso das empresas afetadas’, mas é uma medida absolutamente natural quando é necessário fazer um ajuste nas contas. “Toda empresa faz cortes se é necessário ajustar suas contas. Qualquer medida que traga um aumento de qualidade no ambiente político e administrativo é bem-vinda e absolutamente natural”, ponderou o presidente da Brasscom.
Com relação à reforma ministerial – que afetou diretamente o setor de TICs com as mudanças de comando do MCTI e do Minicom – a Brasscom disse que já solicitou audiências com os novos ministros Celso Pansera, do MCTI, e André Figueiredo, do Minicom, para apresentar os estudos e apresentar os projetos da entidade para o Brasil. “O canal de diálogo precisa estar sempre ativo. Vamos mostrar como TICs é relevante para a economia do Brasil”, completou Sergio Paulo Galindo.
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=40804&sid=7
Convergência Digital