Já há uso efetivo dos pilares da transformação digital – mobilidade, cloud, informação e Internet das Coisas. Um dos cases é do grupo Serttel, que aluga bicicletas em todo o país, que adota Internet das Coisas para a liberação da bicicleta para o rastreamento, de forma integrada e hosteada na nuvem, com a geração de dados para um trabalho em tempo real, revela o diretor de soluções digitais da Embratel, Mário Rachid.
O executivo, no entanto, admite que os projetos de cidade inteligente estão mais distantes por conta das questões macroeconômicas e políticas do país. Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o 2º Seminário Brasscom Políticas Públicas & Negócios, Rachid diz que o uso efetivo dos dados ainda engatinha, mas já é possível avaliar que eles estão se tornando o principal ativo das empresas, inclusive no próprio grupo América Móvil.
“Hoje a empresa que consegue tirar proveito dos dados tem um diferencial competitivo em relação aos demais. O dado, me arrisco a dizer, é hoje o maior bem que uma empresa pode ter. A gente vê algumas empresas começando a usar esses dados. No nosso caso usamos dados para melhorar a experiência dos clientes, consigo identificar por exemplo se na região o celular não está pegando bem. Mas isso ainda é embrionário, precisamos aprender mais”, pontua.
O ecossistema que permite as novas tecnologias avançarem, porém, já passou para um novo estágio, especialmente na disseminação do uso da computação em nuvem, que começou pelo setor privado mas começa a chegar também ao Poder Público, acrescenta Rachid. “A nuvem pegou. É uma realidade e vai crescer o uso. O governo demorou um pouco, se não a entender, a soltar as contratações. Hoje temos duas ou três licitações governamentais importantes em andamento no aspecto de cloud. Eles entendem, conhecem o assunto, mas talvez tivessem que ter feito isso um pouco mais atrás.”
Segundo ainda o diretor de soluções digitais da Embratel, o fato de o governo correr atrás disso agora é outro sinal de sucesso da nova onda tecnológica. “O privado partiu na frente e o governo está vindo atrás, tentando tirar o tempo perdido. E o fato de estar se movimentando mais rápido agora mostra que a cloud já é uma realidade não só para o mercado corporativo, mas para o mercado global. Hoje tem empresas e entidades governamentais que vão nascer usando cloud. Mas ainda temos algum descompasso entre o privado e o governamental.” Assistam a entrevista.

 

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