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Por Alessandra Montini,
editado por André Lucena
Atualmente, as empresas de tecnologia sofrem com um problema crônico: falta de mão de obra qualificada. Esta é uma dor do setor. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), se esse cenário não mudar, o Brasil terá um déficit de 270 mil profissionais de TI e uma perda de receita estimada de R$ 167 bilhões até 2024.
No entanto, para esse problema tão cruel da área de TI, há soluções que podem resolver facilmente. Uma delas é aumentar a atuação das mulheres no mercado de tecnologia que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de apenas 20% atualmente.
Um número pequeno se considerarmos tudo o que as mulheres vêm conquistando nos últimos anos. Chega a ser estranho observar que o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina foi feito pela matemática e escritora inglesa Ada Lovelace, em 1843.

Além disso, tivemos Dorothy Vaughan, afro-americana que trabalhou na NASA e fez grandes feitos na década de 1950 dentro da corporação, Grace Hopper, que inventou o primeiro compilador e levou ao desenvolvimento do COBOL e a Margaret Hamilton, diretora do laboratório do MIT responsável pelo desenvolvimento do programa de voo utilizado pelo projeto do Apollo 11 – a primeira missão que nos levou à lua. E mesmo com tantos exemplos importantes ainda estamos distantes de ocuparmos um lugar de destaque e protagonismo.

Pode até ser que você nunca tenha ouvido o nome dessas mulheres e, quando falamos da criação de todo o universo tecnológico, venha em mente apenas Bill Gates ou Steve Jobs. Claro que são pessoas chaves no desenvolvimento tecnológico, mas é preciso lembrar daquelas que também fizeram muito para construir essa história e deixaram um legado.

Virar a chave é o caminho

A questão é que a desigualdade persiste até os dias de hoje e não é tão simples mudar esse cenário. Temos questões culturais já enraizadas, em que ligamos os cargos de tecnologia ao universo masculino e existe uma série de discursos para que as mulheres não se envolvam em tal profissão.
Essa é um das questões que mais dificulta a inserção das mulheres nesse mercado. Por isso, incentivar e trazer caminhos possíveis para que elas ocupem cargos e se qualifiquem é de suma importância e que merece estar na agenda não só das universidades brasileiras, mas também deve ser uma bandeira levantada pelas empresas, principalmente para que invistam em equidade de gênero.

De acordo com a empresa de recursos humanos Revelo, a diferença de remuneração oferecida para homens e mulheres no setor de tecnologia era de 22,4% em 2017 e passou para 23,4% em 2019. Em números, a média da proposta de salário às mulheres em 2019 foi de R$ 5.531, enquanto a média para homens foi de R$ 6.829.

Além disso, 49% destacam o preconceito de gênero dentro das empresas, 48% relatam a falta de representatividade feminina na área, como forma de inspirar mais mulheres a trilharem carreiras de tecnologia, seguido por 39% que ressaltam a falta de oportunidades nos processos seletivos.

Vencer o preconceito e alcançar as oportunidades

Mesmo diante de um cenário duro e com pouco incentivo, as mulheres têm, aos poucos, conquistado seu espaço. Dessa maneira, estamos assistindo mudanças importantes, pequenas, mas que devem ser celebradas. Nos últimos cinco anos, a participação feminina nas áreas de tecnologia cresceu 60% — passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Se a mudança continuar nesse ritmo, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) acredita que, em dez anos, a participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro deve crescer mais do que a masculina em muitos segmentos — a ciência e a tecnologia são alguns deles.
Ainda temos muita luta e esforço pela frente até chegar onde queremos. No caminho, precisamos quebrar alguns paradigmas, fazer mudanças culturais e combater a desigualdade de gênero. Mas aos pouco vamos vencendo e conquistando nosso espaço nesse mundo da tecnologia.
*Alessandra Montini é diretora do LabData, da FIA
 
Fonte: Olhar Digital
https://olhardigital.com.br/2021/09/10/colunistas/mulheres-na-tecnologia-ainda-precisamos-bater-nessa-tecla/

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