Com desempenho de ‘uma China’ dentro do Brasil, o setor de tecnologia da informação exige do Poder Público atenção em políticas e, especialmente, ao momento. “Entendemos que há dois eixos estratégicos de políticas públicas: competitividade e transformação digital. O país precisa ter um norte”, sustentou o presidente da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo.
A partir desses eixos, a entidade deu início ao que pretende um fórum regular de debate entre empresas e governo, tendo como linha a ideia de que a transformação digital precisa ser incorporada, não apenas em TI, mas em qualquer política pública.
Com geração de R$ 500 bilhões (em 2014), 1,5 milhão de empregados e salários 2,2 vezes maiores que a média nacional, as empresas de tecnologia da informação e comunicações sustentam que maior competitividade no setor têm poder multiplicador na economia em geral, a começar pelo ritmo. “O setor apresentou entre 2010 e 2014 um crescimento nominal na faixa de 10% ao ano. Foi uma China dentro do Brasil”, lembrou Gallindo.
Acordar para a transformação digital começa desde a educação, que precisa adaptar a forma como o conhecimento é adquirido. E ainda ressalta a Brasscom que são para ontem planos e ações para a internet das coisas, para governo digital e segurança da informação.
Além disso, a entidade defende novas relações laborais, com política tributária que não onere o trabalho, medidas de estímulo à inovação e pela vocação para a internacionalização, das empresas brasileiras para o mundo e das multinacionais instaladas no país para que usem o Brasil como plataforma de exportação.
Ao fazer em Brasília a primeira edição do seminário Brasscom sobre políticas públicas e negócios, o objetivo é fazer do evento “um espaço de diálogo entre o setor e o Poder Público, mas também uma caixa de ressonância, insumo para políticas públicas”.

 

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